terça-feira, 1 de outubro de 2013

Coração peteca. Coração Bola. Coração balão.

Sempre tive uma fixação pelo coração, porque se tudo tá na cabeça como é que se consegue sentir tão exatamente no lugar do músculo? Será que um dia um cara achou que simplesmente era lá, que ele entendeu que já com é ele que liga tudo e bombeia o sangue que corre por todo o nosso corpo, vai ser nesse lugar que tudo realmente vai ser direcionado e de tanto falar disso ficou condicionado pro ser humano que lá que a gente vai direcionar as angustias e alegrias.
Engraçado uma coisa, depois que meu pai morreu o primeiro lugar que dói é a garganta, que se fecha e vem seguida de uma vontade impossível de falar dele. Depois segue pro estômago que se embrulha inteiro e passa pra cabeça. Eu nunca tinha visto ninguém em um caixão. E é essa imagem que vem. Uma amiga, que já perdeu o pai, disse que depois passa. To esperando. Logo então vem a dor nos olhos, que pesam nas lágrimas que me confundem se é da morte ou se é de tudo que a gente não viveu ou até dos péssimos momentos. Ai eu penso, agora vem o coração, mas volta pra garganta.
E eu volto pra questão de que caralhos acontece nesse coração? Toda situação que eu passo, é a mesma coisa, bate bate coração e fica na garganta.
E foi ai que eu entendi que meu coração tem tanto desespero de chegar na cabeça que empaca na garganta.
Ou será a minha cabeça que precisa de coração?

Um comentário:

Maurício disse...

égua, eu sinto no coração. sinto tanto que super entendo porque é lá que concentram tudo

Quem mais?

tudo o que fui e tudo que vou ser,