segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

essa conversa

São paulo sempre me da medo, não pela cidade grande mas pelas pessoas grandes e quando digo grandes e de adultas e quando digo adultas digo cheias de si, assim grandes por elas e grandes e pequenas, porque todo mundo aqui é gente grande, trabalha muito, vive estressado com o transito, é ou já foi viciado em drogas, bebe muito mas pra esquecer, não olham um na cara do outro e parece que ninguém existe e fica uma tentativa de ser diferente como se fosse pra alguém olhar, mas ser diferente aqui já é normal. Eu tenho medo de gente grande, de me tornar assim, eu sempre fico prestando atenção nas pessoas amadurecendo, descobrindo e acho lindo cara, mas ai vira crescer, até que ponto crescer é bom? Tenho medo de virar amarga, tenho medo de me tornar minha família, tenho medo de virar certa na vida e perder a alegria, tenho medo de ter demais alegria e perder a vida. Mais novos tudo parecia mais bonito, falar era mais bonito seja a besteira que fosse, gostar era mais bonito, sentir dor, até a tristeza do outro era mais bonita e a nossa preocupação era maior, crescemos e ficamos desleixados uns com os outros, parece que quanto mais crescemos mais o amor diminui e não amor de homem e mulher somente, todos os tipos, uma vez me disseram que eu ainda procuro o amor adolescente, que tudo é mais bonito, que tem as musicas e as declarações e aquela necessidade de sentir muito, quem me falou isso não disse tais coisas no bom sentido e eu sei, assim como eu sei que é verdade, e eu espero que em todo e qualquer relacionamento que eu tenho continue assim, porque eu acho bonito, acho que aproxima, o que é estar num lugar e tocar uma musica e lembrar de alguém e querer falar com ela, mesmo que seja aquele alguém que não vê há anos, ou ler alguma coisa e lembrar daquela conversa de horas, de uma historia, lembrar de alguém e sentir uma coisa no peito que da vontade de gritar pro mundo de felicidade e poder gritar. Deixar os amigos virarem só uma parte da historia, ah claro vão ter uns que vão ser assim, mas tem outros que eu não quero encontrar depois de dez anos e simplesmente me sentir bem de perguntar e ai como vai quero eles contando para os outros como eu estou, quero que no dia que eu case eles não sejam só meus padrinhos, quero que estejam na preparação dele, não sejam só padrinhos/madrinhas dos meus filhos, mas que saiam pra comprar o berço junto comigo e muitas dessas coisas, como alguém pode desistir disso? Como pode querer se afastar e disser que passou? Se mudar pra cidade grande não significa isso. Estar aqui me faz sentir que todo mundo ao meu redor vai se tornar assim, alguns já se tornaram porque da pra ver já e eu sinto que eu não posso fazer nada, na verdade os que já são assim eu já conheci assim, mas tem uns que parece que estão por um fio disso acontecer, mas eu me sinto paralisada porque a decisão não é minha mas simplesmente não entra na minha cabeça a idéia de alguém feliz assim, ta vai casar, vai ter filhos é ótimo, vai ter amor e tudo, mas se pode ter um pouco mais de amor, acho que isso não é problema. Tenho muito medo de ser só e sou completamente dependente dos meus amigos, já fui bem mais até demais, mas acho me sinto bem, me sinto bem de saber que to longe e posso ligar bêbada quatro horas da manhã pra alguém que me quer bem e só como amiga, que eu posso dizer que amo sem medo e que quando eu voltar vai ta ali, seguindo a sua vida e de vez enquanto seguindo a minha.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

tá brincando manow

trânsito astrológico

Sol na casa 12, lua na casa 7

Você passará por uma fase de recolhimento emocional, Luana, que deve ser compreendido como importante. Se você estiver num relacionamento, o período pede menos programas sociais, solicita que vocês fiquem quietinhos e recolhidos, curtindo um ao outro. Se estiver sem ninguém, este é um excelente momento para refletir a respeito de suas experiências amorosas passadas e compreender quais são os padrões negativos que se repetem em sua vida e que você precisa se liberar. Amores antigos podem dar sinal de vida: mesmo que você não queira a proximidade destas pessoas, procure ouvir o que elas têm a lhe dizer, podem ser coisas que lhe servirão para sua evolução enquanto ser humano.
Decidi que tudo o que postar aqui não vou apagar, vai ficar aqui pra quem quiser ler mesmo quando eu não acreditar que consegui botar pra fora algo que seria só meu. Postei, já era, não tem volta.

não sou eu,

Repete as mesmas coisas muitas vezes, muitas mesmo ainda mais se estiver muito feliz ou triste com isso, achava as vezes que era pra ver se acreditava mais. Achava. Tem dificuldade em aproveitar o tempo quando é alguma coisa prazerosa que esta fazendo, começa a pensar como é que vai se sentir quando ele passar, como vai ser a lembrança dele e de repente ele acaba, já com as doloridas aproveita cada dor e cada segundo e nem passa na sua cabeça quando vai acabar e só consegue pensar na dor, esse tempo é tartaruga.
Há dois dias alguma coisa a fez aproveitar o tempo, aproveitar a chegada, a procura de saber se estava lá, o nervosismo, a tentativa de acalmar os olhos, chegar perto sorrir com uma calma, abraçar aquele abraço com todos os braços aqueles milhões de abraços que hão de ser milhões de abraços apertado assim, colado assim, calado assim que nem Vinicius, abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim, se soltar e uma mão passear na outra como se não quisesse soltar e ficar preso em apenas um dedo, a tentativa de falar com outras pessoas e parecer tudo bem enquanto na verdade todo mundo podia sumir e saber que é recíproco por já ter sido dito e se olhar e rir sabendo o porquê de cada ação, o ciúme dessas tentativas e depois a mão quase que despercebida pra mostrar que foi mais uma tentativa em vão, a percepção de uma talvez ida e a busca, o pedido e este atendido, aquela frase de ‘só tu mesmo’ que faz aquele sorrisinho aparecer e suspirar, a calçada, o tênis, a caminhada, aquela coisa que nem sabe por que ta fazendo, a van, o vento, o sono, as historias antigas, aquelas besteiras que a gente não conta pra ninguém porque tem vergonha mas quando percebe ta saindo, aquela que tinha vergonha até de pensar e quando viu já tava contando e se sentiu bem em falar, quem entrou, quem saiu, sapato na tua mão eu pago pra ti, internas muito internas de fazer a barriga doer e ninguém entender, nenhum dos dois conseguir parar de falar, a caminhada, a cama, o cheiro, cachorro latindo lá em cima, a conversa que ninguém conseguiu acompanhar e o respeito, que depois de muita porrada, conseguiram alcançar nas diferenças. O deitar e guardar o espaço dela, o sono e depois o ir embora, ir embora com cara, roupa e tudo de ontem, com aquela blusa pra tentar disfarçar, o pé descalço, o cansaço e um tchau, até um dia a gente se vê talvez quem sabe. Voltou pra casa feliz, por esses dois passados dias se sentiu bem, até perceber a falta que aquilo faria que mesmo com uma freqüência baixa, Ela sabia que existia e agora a próxima vez estava naquele distante de nem saber quando.
Ela seguiu sua vida, falando às vezes ainda sentia seu cheiro, mesmo depois de sete anos sem vê-lo, mas era como ele estivesse ali e ela naqueles braços de novo e a aquela sensação de segurança que nunca sentiria em outros braços, mesmo sabendo que nunca um seria do outro.

Quem mais?

tudo o que fui e tudo que vou ser,