domingo, 6 de abril de 2014

seis de abril de dois mil e treze,

hoje faz um ano que sofri minha última desilusão amorosa (sempre esse papo com datas) e o engraçado pensar é que ela nem foi tão grave assim, mas despertou em mim uma repudia (medo) tão grande de me aproximar de qualquer outro ser humano que eu acabei de perceber que eu não sei mais como é se apaixonar. e não digo de amor-paixão, digo de gente, de fato conhecer alguém e me encantar absolutamente por essa pessoa, ou por algo, ou por um filme ou qualquer música nova. eu agarrei tão forte o fato de estar descrente de qualquer tipo de relacionamento, de que eu vá conseguir de um jeito normal que eu resolvi criar este comigo mesma e eu de fato consegui. pela primeira vez na minha vida a única coisa que eu faço é exatamente o que eu quero, sempre(obviamente perdendo vôos e celulares por ai). em nenhum momento eu decidi isso, apenas aconteceu. eu, que toda semana tinha um novo amor, não me apaixono faz um ano. que baboseira, penso eu e qualquer outra pessoa, mas perai ai, vai contar ali pra luana de 2006 que em sete anos ela não vai ser apaixonar mais e se ela não acreditar, só lembrar pra continuar assim, que se apaixone até mais e que não deixe de se enrolar na hora de se entregar e fazer tudo errado, que faz parte.
outra coisa, olhando para todas essas paixões: nenhuma valeu a pena, nenhuma me da orgulho. não digo da relação, algumas vezes até da pessoas, mas na maioria das vezes é por mim mesma. que maluca que fui, que escolhas foram essas? e por que eu bati tanto minha cabeça com isso? eu adoro todos os erros que eu cometi, não to dizendo que faria diferente, não mesmo MAS EI CARALHO.
essa aflição de conhecer alguém novo e qualquer coisa já é sorrir de lado. e olha que se tem uma coisa que eu fiz nesse último gente foi conhecer gente nova, mas com nenhum sorriso, muito menos de lado.
ai eu penso mais uma vez, olha ai que bacana, que independente que sou, que bonitinha, que grandinha, que orgulho, quanto tempo sozinha, quantos livros lidos, quantas músicas ouvidas, quantos filmes e séries vistos e eu percebo que eu virei exatamente o tipo de cara por quem eu me apaixonava: os mais enjoados de todos, que gostavam mais de ficar sozinhos e que eu achava que eles tinha que gostar mais de mim, dos que gostavam mais de ler e que iam me contar as histórias quando eu ficasse com preguiça, que iam me mostrar as músicas que seriam as nossas e os filmes/séries que iríamos passar a noite conversando sobre. eu virei a bosta do personagem que eu criei pra todos eles. minha gente, que maravilha, se isso não é amor próprio, por favor me mostrem o que é.

no final disso tudo, eu tenho uma coisa pra dizer: esse último ano foi um saco.

Um comentário:

Liliane disse...

Então agora tem que criar outra ilusão de perfeição, projetar nos caras, se apaixonar toda semana de novo, cansar, se transformar nessa nova ilusão de perfeição e o ciclo nunca acaba, minha amiga.

Quem mais?

tudo o que fui e tudo que vou ser,