quinta-feira, 26 de junho de 2008
Velharia
“Se queres sentir a felicidade de amar
Esquece a tua alma
A alma é que estraga o amor
Só em Deus ela pode encontrar satisfação
Não em outra.
Só em Deus ou fora do mundo
As almas são incomunicáveis
Deixa o teu corpo entender-se
Com outro corpo.
Porque os corpos se entendem,
As almas não.”
O que mais me agrada em tudo isso, é que eu lembro desse caderno, meu irmão sempre andava com ele e foi o ultimo ano em que freqüentamos aquela escola, ele por ser seu ultimo ano e eu porque a greve tava complicando demais.
No ano seguinte, eu já estava naquele colégio marrom e fechado, sem falar com ninguém, meu motorista foi me buscar ouvindo o rádio e pedindo pra fazer silencio, chegamos na garagem ele não deixou eu subir, de repente eu escutei o nome do meu irmão e começou uma gritaria, subi e encontrei esse caderno e fiquei revirando ele como já tinha feito tantas vezes, uns minutos depois minha mãe estava dando banho no meu irmão que mal conseguia falar mas com todos rindo muito.
Naquele dia, eu descobri que meu irmão tava crescendo, que a minha irmã daqui a poucos anos ia passar por isso e que eu, eu só tava revirando as coisas.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Descomplicando.
Que maravilha é aquele ato feito na hora, que te surpreende, aquele feito simplesmente e puramente pelo instinto, que faz sem culpa, sem depois, é aquele momento, é aquele sentimento e ali, ah depois dali não existe mais nada.
É escrevam seus poemas, suas musicas, suas poesias, eu vou viver minha vida e vou continuar acreditando que tudo tem seu lado bom, até os poetas e suas complicações.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Certo alguém chegou e me disse: “cuidado, que brincando pode chegar em alguma coisa séria e alguém pode se machucar!” Ah, fala sério (toda vez que falo isso sinto meus dezenoves anos com tudo)! Tudo o que eu faço são pequenas coisas e mais, eu tenho escolhido bem as pessoas com que brincar, creio que to deixando bem claro a todos que a diversão é a única meta de tudo.
O caso é que tudo tem seu tempo, e que to nessa brincadeira e me divertindo muito com ela e tome cuidado, não leve o que eu digo e até escrevo a serio, se é que você entende.
domingo, 15 de junho de 2008
Não gosto de título.
Hoje eu resolvi ler todos os textos que eu escrevi e que eu ainda tenho e percebi como eu não me importo nem eu pouco em falar da minha vida e muito menos em ser um texto coeso e de como eles nunca chegam a lugar nenhum, na visão dos outros e somente na minha, quando eu escrevo não penso em nenhum momento em como ele vai terminar e sempre chego em uma conclusão que muitas vezes eu não sabia que existia e em alguns ficam só no papel mesmo(ta, eu ainda gosto de pegar lápis e papel, mas estamos no computador). Lendo alguns outros blogs, vi como as pessoas conseguem deixá-lo interessante a ponto de outro alguém ir e ler com interesse, o meu não é assim e nem faço questão de se transforme, como tudo na minha vida que eu quero que seja muito meu, deve ser por isso que perco tanto o meu tempo falando de mim. Um tempo eu cansei de escrever porque estava virando muito auto-suficiente, falava de mim mesma no papel e perdia aqueles momentos de conversas de horas e horas que você conhece o outro e acaba se conhecendo um pouco mais. Foram poucas as vezes que eu tive dessas conversas que logo depois eu me senti bem, há uns dias atrás eu estava conversando com dois amigos, que nem são tão amigos e tivemos uma dessas conversas, aquela de madrugada que quando a gente olha o tempo passou e tínhamos outras coisas pra fazer, não fiquei com aquele sentimento de que falei demais, falei o que não devia, agora eles sabem uma coisa minha e um dia vão usar contra mim ou do que eles iram pensar. Não sei se foi porque não falei muito, mas falei tudo o que eu queria e me senti bem, me senti bem de realmente não me importar com absolutamente nada do que eles vão pensar e isso é difícil pra mim, não que eu me importe com que os outros pensem, eu me importo com o que os meus pensem, os meus não são os outros, eles são meus e o que eles pensam querendo ou não me importa. São tão poucas as pessoas que me fazem sentir segura de poder falar absolutamente qualquer coisa e me sinta bem, que quando eu consigo pelo menos por uma noite com alguém que não sejam estas certas eu fico até sem saber o que fazer, na verdade eu nunca sei o que fazer e em alguns casos quando não tenho nada a perder nem penso e faço por instinto e falando no meu instinto ele já me sacaneou muitas vezes esse filha da puta, mas ele já me divertiu inúmeras outras. Égua, o texto já ta sem pé nem cabeça, mas é assim né, como tudo o que eu faço e para os outros isso pode ser ruim, mas como eu me divirto comigo mesma olha...
È, agora eu você pode estar lendo isso e eu vou estar me debatendo e relendo ele inúmeras vezes pra descobrir se eu me senti bem ou não com isso.
Quem mais?
- l.
- tudo o que fui e tudo que vou ser,